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DLPA, ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, é o relatório contábil que interage entre o resultado da DRE e o Patrimônio Líquido da empresa.
O Balanço Patrimonial e o DRE (Demonstração de Resultado do Exercício) mostrará ao gestor a descrição do resultado e do patrimônio da companhia, mas ambos os relatórios não debruçarão sobre o resultado da firma. Esta função é do DLPA.
Considerando isto, cada Demonstração Contábil tem a sua função dentro da gestão da empresa, e no final todos se conversam entre si. Portanto, para ter uma visão completa do financeiro do negócio, é importante sempre analisar estas demonstrações em conjunto.
A DLPA é o relatório contábil que explicará como foram utilizados os valores referentes ao resultado da empresa. Se você busca conhecer mais sobre a DLPA, acompanhe o artigo.
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, ou DLPA, é a Demonstração Contábil que mostra como o resultado da empresa foi utilizado. Ou seja, se houve lucro, dentro da DLPA, o gestor saberá se os valores foram destinados a uma reserva de lucros, ou foram distribuídos aos acionistas, por exemplo.
Comparado ao Balanço Patrimonial e o DRE, a DLPA tem menos relevância, mas, é através dela que é possível reconhecer como os valores do resultado da companhia foram destinados.
Vale destacar que todas as empresas tributadas pelo Lucro Real devem apresentar uma DLPA ao final do exercício (conforme a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do RIR/99)). Segundo a Lei 6.404/76, a apresentação da DLPA é obrigatória. Já o CPC 26 não considera obrigatória a apresentação da DLPA.
Também é possível, caso solicitado pelo gestor, a criação de uma DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) ao invés da DLPA.
É importante ressaltar que a DMPL é mais completa do que a DLPA, mas possui função diferente e possui obrigatoriedades diferentes segundo o CPC 26 e a Lei 6.404/76.
A diferença entre DMPL e DLPA é, essencialmente, que a DLPA é focada nas contas Lucros e Prejuízos Acumulados do Patrimônio Líquido, a DMPL busca apresentar as alterações realizadas em todas contas do Patrimônio Líquido em qualquer dado período.
Portanto, as informações apresentadas na DLPA também estarão presentes na DMPL, o que justifica a possibilidade de inclusão da DLPA na DMPL pela lei 6.404/76.
A DLPA serve para mostrar, em uma análise de uma empresa, como a companhia utilizou seus resultados.
Por exemplo: vamos supor que um dos acionistas da empresa esteja querendo saber como os recursos referentes ao lucro da empresa foram utilizados.
Ao ler a DLPA, o acionista vê que 50% do valor foi distribuído aos acionistas e os demais 50% foram destinados à reserva de lucros. Inclusive, como a companhia já tinha uma reserva de lucros, os 50% do resultado atual, aumentaram ainda mais o saldo da reserva.
Com tal informação, o acionista pode avaliar um eventual aumento de capital no futuro, utilizando parte das reservas de lucros para investir ainda mais no negócio da empresa, ou quem sabe distribuir ainda mais lucros nos próximos períodos. Desse modo, a DLPA pode contribuir com a tomada de decisão relacionada aos resultados da empresa.
Em declarações a DLPA também é necessária.
Todas as empresas que são obrigadas a declarar SPED ECD ou declaram de forma facultativa, devem incluir entre os relatórios a DLPA, ou a DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido).
Com uma estrutura simples, desenvolveremos um exemplo de DLPA: Uma empresa ao final do período de 2021 registrou os seguintes valores:
Com tais informações, o exemplo fica assim:
O DLPA está mostrando que a empresa ao final de 2021 ficou com lucro final de R$ 150.000,00, mesmo após utilizar grande parte do resultado. Como a firma registrou prejuízos no período anterior, o lucro atual cobriu 100% do prejuízo.
Segundo os dados da contabilidade, ainda havia ajustes do exercício anterior que ficaram a débito, ou seja, eram ajustes que aumentaram ainda mais o prejuízo da firma. Com o resultado positivo de 2021, esse saldo também foi compensado e zerado.
Considerando o prejuízo anterior, a empresa determinou a reversão da reserva de lucros no valor de R$ 100.000,00. Em seguida temos o lucro líquido de 2021 que ficou em R$ 300.000,00. Agora vamos ao trecho da DLPA que ocorrem as reduções dos valores, começando pela transferência para a reserva de lucros. O valor de R$ 20.000,00 foi destinado à reserva.
Em seguida, R$ 40.000,00 foram distribuídos aos acionistas, R$ 20.000,00 foram alvo do aumento do capital social da empresa e por fim, R$ 50.000,00 foram utilizados para compensar uma distribuição de lucros antecipada. Ao final, a companhia terá R$ 150.000,00 referente aos lucros para utilizar no período seguinte.
As contas que aparecem na estrutura da DLPA costumam estar dentro do grupo do Patrimônio Liquido dentro do Balanço Patrimonial, ou seja, se no DRE o resultado vai aparecer, no Balanço estará o destino apresentado na DLPA.
Então como fazer a DLPA? Para fazer o relatório contábil, o gestor deverá levantar os saldos da contabilidade por meio dos lançamentos, ou do Balanço Patrimonial, além do resultado líquido referente ao DRE. Com essas informações será possível construir a DLPA.
A fim de economizar tempo e aumentar a agilidade no processo de elaboração de relatórios, há ferramentas de automação contábil que podem ajudar em tal processo. Essas ferramentas se utilizam da integração de relatórios feitos pela contabilidade e utilizam os dados para elaborar os relatórios, como a própria DLPA. Assim sendo, entrar em contato com uma empresa especializada em automação contábil, facilitará a elaboração dos relatórios contábeis dentro da companhia, gerando mais eficiência e assertividade para os gestores.
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm
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